Em 1 Timóteo 2.9,10 (NVI), Paulo declarou:
Quero que as mulheres se vistam
modestamente, com decência e discrição, não se adornando com tranças e
com ouro, nem com pérolas ou com roupas caras, mas com boas obras, como
convém a mulheres que declaram adorar a Deus.
Pedro disse algo semelhante:
A beleza de vocês não deve estar nos
enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas
finas. Ao contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza
demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para
Deus.
1 Pedro 3.3,4 (NVI).
Os apóstolos Paulo e Pedro não afirmaram
que é pecado vestir-se bem e usar joias. Eles apenas enfatizaram que a
verdadeira beleza da mulher cristã é a interior. O cerne do que Paulo e
Pedro ensinaram é: as mulheres cristãs devem vestir-se com modéstia,
moderação, decência, sobriedade, ou seja, com trajes decentes e
honrados, evitando modismos indecentes que as desqualifiquem como servas
de Deus. Elas devem evitar a ostentação, o exagero, a falta de
compostura e a sensualidade. Esse é um princípio que transcende as
culturas e o tempo, portanto permanece até os nossos dias.
O modo de vestir-se tem a ver com
questões socioculturais, mas não é uma condição para a salvação. Logo,
não pode ser considerada doutrina bíblica. Costumes não são doutrinas.
As mulher e os homem para os quais
Moisés ensinou as regras na Torá vestiam-se com roupões, túnicas longas.
O homem não usava terno, e a mulher não tinha vestidos como os que
conhecemos hoje. A diferença da roupa do homem para a da mulher muitas
vezes era apenas uma questão de tamanho, cor e ornamentos. (Atente para
as vestimentas usadas no Oriente Médio ainda hoje.) Logo, hoje em dia,
não são as calças compridas que caracterizam as vestes masculinas.
Existem calças para homens, e calças bem femininas, para as mulheres.
Além disso, é provável que, sabendo que o
Senhor preza as diferenças entre o feminino e o masculino e o
relacionamento heterossexual, mas que certas religiões pagãs antigas
apregoavam o uso de roupas “unissex” e o homossexualismo, Moisés,
orientado por Deus, para combater tal influência cultural pecaminosa,
tenha ordenado:
Não haverá trajo de homem na mulher, e
não vestirá o homem veste de mulher; porque qualquer que faz isto
abominação é ao SENHOR, teu Deus.
Deuteronômio 22.5
Contudo, ainda na atualidade, há líderes
religiosos que, desconsiderando as questões culturais nos textos do
Antigo e do Novo Testamento, proíbem às mulheres o uso de brincos, de
maquiagem, da calças compridas.
Não estou condenando os pastores que são
mais rígidos quanto aos costumes, apenas esclarecendo as diferentes
interpretações de textos considerados básicos para a permissão ou a
proibição de calças compridas, brincos e maquiagem.
Às cristãs que congregam em igrejas mais
tradicionais, recomendo que, mesmo tendo esse entendimento, abram mão
das calças compridas, do brinco, da maquiagem, se isso ameaçar a
comunhão que têm com seus líderes espirituais e irmãos em Cristo e para
não provocar escândalos à fé de alguém.
Se não estiverem dispostas a obedecer ao
seu pastor por amor à Palavra e à sua igreja (Hebreus 13.17), devem
mudar com a sua família para uma denominação que não imponha certos
costumes como doutrina.
SUGESTÃO DE LEITURA:
Livro Porque não sou legalista, de Silas Malafaia
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