Se foi Deus quem
criou o ser humano com sexualidade, por que em algumas religiões é
proibido falar sobre sexo, e o sexo é permitido apenas para a
procriação?
Porque existem pessoas que têm ideias
absurdas sobre sexo. Dizem, por exemplo, que Deus criou o homem e
permitiu que o diabo inventasse o sexo. Isto corre porque, para a grande
maioria, a sexualidade está associada ao erro e ao pecado, e não a algo
bom, criado por Deus para alegria do ser humano ou, então, é algo
estabelecido por Ele apenas para a perpetuação da espécie humana. Daí a
necessidade de esclarecermos o assunto.
Ao lermos Gênesis 2.7, percebemos que
Deus teve um cuidado especial ao criar o homem. O Eterno formou o corpo
do homem e o da mulher com órgãos sexuais distintos, soprou o fôlego de
vida, e o ser humano foi feito alma vivente, dotado de capacidade de
reprodução.
Por que Deus criou o homem e a mulher
com órgãos genitais distintos e deu-lhes desejo sexual? Para brincar com
os sentimentos deles? Teria Deus, por conta de algum prazer masoquista,
colocado no ser humano desejos naturais que não pudessem ser
satisfeitos? Claro que não!
Deus criou o homem e a mulher com órgãos
genitais distintos, deu-lhes o desejo sexual, a libido, para que tanto o
homem como a mulher tivessem prazer sexual; para despertar neles a
vontade de unirem os seus corpos e saciarem os seus desejos mais íntimos
de companhia, de intimidade, de afetividade.
O sexo foi ideia de Deus. Foi o Senhor
quem nos criou com sexualidade. No entanto, Ele estabeleceu princípios
para reger o relacionamento sexual do homem e da mulher, a ¬fim de
preservá-los psíquica, emocional e ¬fisicamente.
Entre os princípios que regem a intimidade do casal, destaco:
1) o marido deve ser benevolente com a mulher;
2) o marido e a mulher não podem negar-se um ao outro, logo a sexualidade não deve ser suprimida da vida do casal;
3) a mulher tem preferência na relação
íntima com o marido. O padrão de Deus para uma união sexual estável é o
casamento de um homem com uma mulher (união monogâmica), após estes
atingirem a maturidade biológica, emocional (e ¬financeira), podendo
deixar pai e mãe, e apegar-se ao cônjuge, formando com ele uma só carne.
Toda relação sexual fora do compromisso
do casamento entre um homem e uma mulher foge ao projeto de Deus, e traz
consequências funestas, porque o salário do pecado é a morte
(Romanos6.23a).
Na relação íntima de um casal unido
pelos laços matrimoniais em um vínculo de amor genuíno, há o que podemos
chamar de “inocência erótica”; não existe culpa nem vergonha entre os
cônjuges. Mas o mesmo não acontece nas relações reprovadas por Deus. As
pessoas adúlteras, as fornicadoras e as homossexuais, mesmo que não
admitam, carregam culpas, e não podem celebrar a intimidade profunda que
há no casamento heterossexual. Nesse tipo de casamento normalmente,
além do prazer físico, existe cumplicidade, satisfação íntima e
sentimento de completude. Isso faz com que o casal permaneça unido,
feliz, casado.
Já em relações ilícitas, os parceiros
podem até desfrutar momentos de intenso prazer físico. Porém, não há
como se tornarem uma só carne, porque os parceiros são tomados por medo,
culpa, revolta, tédio; sentimentos que habitualmente levam a pessoa à
depressão, à violência emocional e/ou física, à troca habitual de
parceiros (especialmente no caso dos homossexuais, pois estes não
conseguem chegar à satisfação plena, que há no casamento heterossexual).
Para entender melhor o modelo de relação
conjugal estabelecido e abençoado por Deus, leia Cantares. Nele, você
verá que o ser humano deve desfrutar com alegria o sexo no casamento,
pois foi o Criador quem o dotou de sexualidade e de inteligência para
construir um relacionamento saudável e feliz com o seu cônjuge, formando
com ele uma família.
SUGESTÃO DE LEITURA:
Livro O cristão e a sexualidade, de Silas Malafaia, publicado pela Editora Central Gospel
Nenhum comentário:
Postar um comentário